sexta-feira, fevereiro 15, 2008
quinta-feira, outubro 04, 2007
segunda-feira, dezembro 11, 2006
O conhecimento geológico do país:
Uma base sólida para o desenvolvimento
A OPINIÃO DE
MIGUEL MAGALHÃES
RAMALHO
Já alguém pensou que o território também tem que ser competitivo, e que o único processo de o conseguir é investigar-lhe as potencialidades? Infelizmente, a maior parte da população portuguesa, por deficiência curricular, não faz ideia do que é e para que serve a geologia e as outras geociências.Portugal tem fundamentalmente dois grandes recursos: o espaço físico e a população. Embora pareçam entidades distintas, esses recursos interagem e, assim, a vida das pessoas é influenciada pela maior ou menor riqueza da região onde vivem. Os recursos desse espa-ço físico também dependem, muitas vezes, dos conheci-mentos e da capacidade das pessoas para os aproveitar. É consensual ser indispensável melhorar rapidamente a formação dos portugueses.
Menos conhecida e falada é a questão do conhecimento do nosso espaço físico e dos seus recursos mas, também, das causas dos riscos naturais que podem afectar as populações, como as cheias, desmoro-namentos, erosão costeira ou sismos. Este conhecimento é indispensável ao desenvolvi-mento sócio-económico e à nossa qualidade de vida.
O território é o nosso principal recurso físico. Vivemos sobre a terra, alimentamo-nos e produzimos artefactos, desde os pregos aos aviões, com materiais dela provenientes. A melhor e mais segura forma de os aproveitar é através do conhecimento geológico do país. Já alguém pensou que o território também tem que ser competitivo, e que o único processo de o conseguir é investigar-lhe as potencialida-des? Infelizmente, a maior parte da população portuguesa, por deficiência curricular, não faz ideia do que é e para que serve a geologia e as outras geociências. E os «media», à excepção dos dinossauros, pouco se interessam pelo maravilhoso passado da Terra e pela forma como são obtidos os recursos minerais.
O conhecimento geológico do país:
Uma base sólida para o desenvolvimento
Em Portugal a entidade nacional que se ocupa destes problemas é o Instituto Geológico e Mineiro (IGM), um laboratório do Estado cujas origens remontam a 1848, tendo sido um dos primeiros do género na Europa. Todos os países europeus têm instituições deste tipo – institutos ou serviços geológicos – e o mesmo acontece em quase todos os restantes, tal é a importância que se lhes reconhece.
Referirei, apenas, alguns aspectos relevantes da activi-dade do IGM e das suas aplica-ções à vida diária, deixando de lado as várias dificuldades que, na última década, nos têm afactado. As cartas geológicas que têm sido publicadas a várias escalas e as que existem em arquivo, mas estão acessíveis aos utilizadores, cobrem quase todo o país. Todas foram feitas à base de um trabalho sistemático de investigação no terreno e nos laboratórios. Não é admissível querer construir uma grande infra-estrutura (estradas, pontes, barragens ou urbanizações) ou explorar minas, pedreiras, petróleo, águas subterrâneas, e outros, sem consultar a respectiva carta geológica. São cada vez mais os pedidos de fornecimento dessas cartas pelas empresas, autarquias e administração regional.
A instabilidade dos terrenos, a perigosidade sísmica, a erosão da costa, são alguns exemplos de riscos naturais que poderão ser minimizados, ou mesmo evitados, utilizando a informação geológica para as zonas em questão. Querer fazer ordena-mento territorial sem atender à Geologia é estar a brincar com coisas muito sérias. O IGM realizou investigação e publicou resultados importantes para a resolução desses problemas e para a segurança e bem-estar das populações.
Estudos económicos feitos na Alemanha e em Espanha comprovam que o investimento nas cartas geológicas é pago em menos de dez anos, só com os benefícios directos delas resul-tantes.
Com base nas cartas geológicas é possível, por exemplo, estudar as águas subterrâneas e ficar a conhecer os melhores sítios para as captar ou, então, para depositar substâncias poluentes, sem perigo de as contaminar (lixos industriais e urbanos, sucatas, cemitérios). Têm sido, assim, publicadas cartas hidrogeológicas e investigado química e fisicamente dezenas de milhares de pontos de água. Todos estes resultados vêm sendo disponibilizados aos interessados, como autarquias, empresas e particulares. No território submerso, na chamada plataforma continental, há importantes reservas de areias e cascalhos, que, à semelhança de outros países, podem ser explorados para a construção civil. O IGM, através dos seus estudos, identificou os locais mais promissores, havendo empresas interessadas em iniciar a extracção.
Nas zonas mais profundas, há hoje possibilidade de exploração de petróleo e gás. A preparação deste trabalho foi feita pelo IGM e os primeiros «blocos» já têm empresas candidatas. E, final-mente, de acordo com a lei internacional, temos agora a única oportunidade de aumentar o território nacional (sem guerras…), pelo alargamento da área da plataforma continental, com base na investigação já em grande parte efectuada pelo IGM.
Podia, ainda, falar no interesse do património geológico – sítios com importância científica, pedagógica ou turística - que interessa cada vez mais às autarquias que desenvolvem o turismo da natureza, e de que o IGM tem produzido publicações, nomeadamente para os parques naturais e feito acções de divulgação para o grande público, professores e alunos: foi, também, deste instituto que partiu a proposta que originou a «Geologia no Verão», que tanto sucesso tem tido. (…) O IGM e os seus antecessores têm feito um trabalho de qualidade e quantidade ao longo de mais de 150 anos. Para sermos competitivos temos de conhecer e valorizar as capacidades do nosso território e apoiar empenhadamente os organis-mos que desempenham esta verdadeira missão de serviço público.
«In Público Agosto de 2003»
Uma base sólida para o desenvolvimento
A OPINIÃO DE
MIGUEL MAGALHÃES
RAMALHO
Já alguém pensou que o território também tem que ser competitivo, e que o único processo de o conseguir é investigar-lhe as potencialidades? Infelizmente, a maior parte da população portuguesa, por deficiência curricular, não faz ideia do que é e para que serve a geologia e as outras geociências.Portugal tem fundamentalmente dois grandes recursos: o espaço físico e a população. Embora pareçam entidades distintas, esses recursos interagem e, assim, a vida das pessoas é influenciada pela maior ou menor riqueza da região onde vivem. Os recursos desse espa-ço físico também dependem, muitas vezes, dos conheci-mentos e da capacidade das pessoas para os aproveitar. É consensual ser indispensável melhorar rapidamente a formação dos portugueses.
Menos conhecida e falada é a questão do conhecimento do nosso espaço físico e dos seus recursos mas, também, das causas dos riscos naturais que podem afectar as populações, como as cheias, desmoro-namentos, erosão costeira ou sismos. Este conhecimento é indispensável ao desenvolvi-mento sócio-económico e à nossa qualidade de vida.
O território é o nosso principal recurso físico. Vivemos sobre a terra, alimentamo-nos e produzimos artefactos, desde os pregos aos aviões, com materiais dela provenientes. A melhor e mais segura forma de os aproveitar é através do conhecimento geológico do país. Já alguém pensou que o território também tem que ser competitivo, e que o único processo de o conseguir é investigar-lhe as potencialida-des? Infelizmente, a maior parte da população portuguesa, por deficiência curricular, não faz ideia do que é e para que serve a geologia e as outras geociências. E os «media», à excepção dos dinossauros, pouco se interessam pelo maravilhoso passado da Terra e pela forma como são obtidos os recursos minerais.
O conhecimento geológico do país:
Uma base sólida para o desenvolvimento
Em Portugal a entidade nacional que se ocupa destes problemas é o Instituto Geológico e Mineiro (IGM), um laboratório do Estado cujas origens remontam a 1848, tendo sido um dos primeiros do género na Europa. Todos os países europeus têm instituições deste tipo – institutos ou serviços geológicos – e o mesmo acontece em quase todos os restantes, tal é a importância que se lhes reconhece.
Referirei, apenas, alguns aspectos relevantes da activi-dade do IGM e das suas aplica-ções à vida diária, deixando de lado as várias dificuldades que, na última década, nos têm afactado. As cartas geológicas que têm sido publicadas a várias escalas e as que existem em arquivo, mas estão acessíveis aos utilizadores, cobrem quase todo o país. Todas foram feitas à base de um trabalho sistemático de investigação no terreno e nos laboratórios. Não é admissível querer construir uma grande infra-estrutura (estradas, pontes, barragens ou urbanizações) ou explorar minas, pedreiras, petróleo, águas subterrâneas, e outros, sem consultar a respectiva carta geológica. São cada vez mais os pedidos de fornecimento dessas cartas pelas empresas, autarquias e administração regional.
A instabilidade dos terrenos, a perigosidade sísmica, a erosão da costa, são alguns exemplos de riscos naturais que poderão ser minimizados, ou mesmo evitados, utilizando a informação geológica para as zonas em questão. Querer fazer ordena-mento territorial sem atender à Geologia é estar a brincar com coisas muito sérias. O IGM realizou investigação e publicou resultados importantes para a resolução desses problemas e para a segurança e bem-estar das populações.
Estudos económicos feitos na Alemanha e em Espanha comprovam que o investimento nas cartas geológicas é pago em menos de dez anos, só com os benefícios directos delas resul-tantes.
Com base nas cartas geológicas é possível, por exemplo, estudar as águas subterrâneas e ficar a conhecer os melhores sítios para as captar ou, então, para depositar substâncias poluentes, sem perigo de as contaminar (lixos industriais e urbanos, sucatas, cemitérios). Têm sido, assim, publicadas cartas hidrogeológicas e investigado química e fisicamente dezenas de milhares de pontos de água. Todos estes resultados vêm sendo disponibilizados aos interessados, como autarquias, empresas e particulares. No território submerso, na chamada plataforma continental, há importantes reservas de areias e cascalhos, que, à semelhança de outros países, podem ser explorados para a construção civil. O IGM, através dos seus estudos, identificou os locais mais promissores, havendo empresas interessadas em iniciar a extracção.
Nas zonas mais profundas, há hoje possibilidade de exploração de petróleo e gás. A preparação deste trabalho foi feita pelo IGM e os primeiros «blocos» já têm empresas candidatas. E, final-mente, de acordo com a lei internacional, temos agora a única oportunidade de aumentar o território nacional (sem guerras…), pelo alargamento da área da plataforma continental, com base na investigação já em grande parte efectuada pelo IGM.
Podia, ainda, falar no interesse do património geológico – sítios com importância científica, pedagógica ou turística - que interessa cada vez mais às autarquias que desenvolvem o turismo da natureza, e de que o IGM tem produzido publicações, nomeadamente para os parques naturais e feito acções de divulgação para o grande público, professores e alunos: foi, também, deste instituto que partiu a proposta que originou a «Geologia no Verão», que tanto sucesso tem tido. (…) O IGM e os seus antecessores têm feito um trabalho de qualidade e quantidade ao longo de mais de 150 anos. Para sermos competitivos temos de conhecer e valorizar as capacidades do nosso território e apoiar empenhadamente os organis-mos que desempenham esta verdadeira missão de serviço público.
«In Público Agosto de 2003»
terça-feira, dezembro 05, 2006
•Portugal detém um apreciável potencial de recursos geológicos, que têm proporcionado um elevado volume de investimento estrangeiro em prospecção e pesquisa, orientado no essencial para os minérios básicos e mineralizações auríferas. Os operadores nacionais têm centrado a respectiva actividade predominantemente nas matérias-primas da indústria cerâmica.
•A evolução da indústria mineral na última década revela importantes alterações estruturais, com os subsectores dos minerais não metálicos e das rochas a assumir uma importância crescente. Portugal, com 10% da produção, é o terceiro produtor de rochas ornamentais da EU.
•Portugal é o primeiro produtor de cobre da EU com uma quota de 53%, detendo, ainda, 70% e 57% daquele mercado no que se refere, respectivamente, ao estanho e ao tungsténio.
Fonte: Portugal – PNDES 2000-2006
•A evolução da indústria mineral na última década revela importantes alterações estruturais, com os subsectores dos minerais não metálicos e das rochas a assumir uma importância crescente. Portugal, com 10% da produção, é o terceiro produtor de rochas ornamentais da EU.
•Portugal é o primeiro produtor de cobre da EU com uma quota de 53%, detendo, ainda, 70% e 57% daquele mercado no que se refere, respectivamente, ao estanho e ao tungsténio.
Fonte: Portugal – PNDES 2000-2006
quarta-feira, novembro 08, 2006
Critérios de classificação - Teste prático avaliação de Domínio de Ténicas e metodologias (10/11/2006)
Divide a variável em classes de acordo com a sua distribuição……………….10 pts
Representa correctamente a variável utilizando a cor……………………………30 pts
Constrói correctamente a legenda………………………………………….........……..15 pts
Título, Data, Fonte, e Identificação pessoal…………………………………….........10 pts
Constrói um texto descritivo da metodologia utilizada…………………………..10 pts
Refere os pontos máximos e mínimos e o local de ocorrência………………...10 pts
Identifica tendências espaciais…………………………………………................……15 pts
………………………………………………………………………....................…... Total 100 pts
Material necessário:..............................................................3 folhas A4 brancas
...............................................................lápis, borracha, régua e lápis de cor
...............................................................folha de papel milimétrico.
Divide a variável em classes de acordo com a sua distribuição……………….10 pts
Representa correctamente a variável utilizando a cor……………………………30 pts
Constrói correctamente a legenda………………………………………….........……..15 pts
Título, Data, Fonte, e Identificação pessoal…………………………………….........10 pts
Constrói um texto descritivo da metodologia utilizada…………………………..10 pts
Refere os pontos máximos e mínimos e o local de ocorrência………………...10 pts
Identifica tendências espaciais…………………………………………................……15 pts
………………………………………………………………………....................…... Total 100 pts
Material necessário:..............................................................3 folhas A4 brancas
...............................................................lápis, borracha, régua e lápis de cor
...............................................................folha de papel milimétrico.
quinta-feira, novembro 02, 2006
Com este gráfico construam uma matriz gráfica ordenada, criando os grupos que vocês entenderem. Colem o resultado numa folha e justifiquem, num pequeno texto, os grupos escolhidos.Não se esqueçam de por título etc.... e identificação, bom trabalho! Este trabalho prático é para entregar só para a semana.(para o fim da semana :> )
quarta-feira, novembro 01, 2006
As mulheres vivem em média mais sete anos do que os homens
A esperança de vida à nascença tem vindo a aumentar para ambos os sexos, tendo-se mantido o diferencial em anos de vida (78,8 anos para as mulheres e 71,7 para os homens, em 1997/98), facto que traduz a sobremortalidade masculina. Em termos de idade média ao óbito, entre 1990 e 1998 verificou-se um comportamento idêntico para ambos os sexos (no caso das mulheres este valor passou de 74,8 para 75,9 anos e no caso dos homens de 67,2 para 68,3 anos): morre-se cada vez com mais idade.
As Doenças do Aparelho Circulatório mantiveram-se em 1998, como a causa de morte mais importante (21,6% no caso das mulheres e 18,3% no caso dos homens).
Taxa de analfabetismo das mulheres é praticamente dupla da dos homens
Segundo os Censos 91, 60,2% dos indivíduos que não sabiam ler nem escrever eram mulheres. Esta proporção aumentava para a população com idades superiores a 10 anos. A taxa de analfabetismo das mulheres era praticamente dupla da dos homens em qualquer idade: 15,3% nas mulheres contra 8,4% nos homens, considerando a população com 15 e mais anos. Os valores elevavam-se a 45,8% e 29,3%, respectivamente, no caso da população residente com 65 e mais anos, ou seja, em 1991 praticamente metade das mulheres idosas não sabiam ler nem escrever
Fonte : INE (Instituto Nacioanal de Estatística
Gostaría de começar a ver aqui mais comentários vossos. Vamos abrir a discussão sobre o tema - Maior longevidade nas mulheres deveria corresponder a uma idade de reforma mais avançada do que a idade dos homens?
A esperança de vida à nascença tem vindo a aumentar para ambos os sexos, tendo-se mantido o diferencial em anos de vida (78,8 anos para as mulheres e 71,7 para os homens, em 1997/98), facto que traduz a sobremortalidade masculina. Em termos de idade média ao óbito, entre 1990 e 1998 verificou-se um comportamento idêntico para ambos os sexos (no caso das mulheres este valor passou de 74,8 para 75,9 anos e no caso dos homens de 67,2 para 68,3 anos): morre-se cada vez com mais idade.
As Doenças do Aparelho Circulatório mantiveram-se em 1998, como a causa de morte mais importante (21,6% no caso das mulheres e 18,3% no caso dos homens).
Taxa de analfabetismo das mulheres é praticamente dupla da dos homens
Segundo os Censos 91, 60,2% dos indivíduos que não sabiam ler nem escrever eram mulheres. Esta proporção aumentava para a população com idades superiores a 10 anos. A taxa de analfabetismo das mulheres era praticamente dupla da dos homens em qualquer idade: 15,3% nas mulheres contra 8,4% nos homens, considerando a população com 15 e mais anos. Os valores elevavam-se a 45,8% e 29,3%, respectivamente, no caso da população residente com 65 e mais anos, ou seja, em 1991 praticamente metade das mulheres idosas não sabiam ler nem escrever
Fonte : INE (Instituto Nacioanal de Estatística
Gostaría de começar a ver aqui mais comentários vossos. Vamos abrir a discussão sobre o tema - Maior longevidade nas mulheres deveria corresponder a uma idade de reforma mais avançada do que a idade dos homens?
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